TÃO TRANQÜILA
Tão tranqüila a sala
A tarde caminha lenta impune
Portas fechadas
ressoam vozes
lá fora
um telefone jamais chama
Talvez chova ainda hoje
mas agora
nenhum risco ou relâmpago
Posso dormir neste barco
há árvores à margem sombreando o rio
É tão tranqüila a sala
na tarde seguindo lenta
E vibra
ardente
como uma palma de mão
Aqui descanso do sim e do não
EUNICE ARRUDA (do livro "Risco" - Nankin Editorial, 1998 – SP)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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Olá estimada poetisa, é sempre gratificante ler sua poesia, e já sou sua seguidora, agora lhe espero ao meu espaço de poedias, onde deixo o link , pois tenho 3 blog neste eapaço, com admiração,
ResponderExcluirEfigenia
http://poesiasefigeniacoutinho.blogspot.com/
Entre o sim e o não, sem nunca passar pelo talvez, admiro essa sala tranquíla.
ResponderExcluirEu que já tive o prazer de publicar em meu blog teus versos que retém tua poesia e encanto.
luiz alfredo motta fontana
Nestes dias de muitos acontecimentos quentes na minha vida,
ResponderExcluirmeu quarto tem sido como esta sala.
E o poema me dá lições sobre uma sala que deve ser sempre a nossa sala.
Muito bom que a vida tenha me trazido de volta para tão perto de você, que em 1978 me abriu um espaço na alma para a palavra poética.
Beijos
Eliana Mara Chiossi